Avaliação e Limpeza de moedas


Por vezes para se avaliar uma peça como esta, nom estado de degradação avançado, tem se alguma dificuldade em visualizar pormenor e datas tal como outras informações que podem identificar a moeda e determinar a sua época.
Neste caso em concreto esta uma Pataca de 40 Reis em bronze, Ø36 com 38,4g, que teve que ser intervencionada.
Procedeu-se a um tratamento e limpeza, pois apresentava concreções de elevado nível. A limpeza mecânica teve recurso a lupa binocular, foi submetida a ultra-sons com água desionizada.
Há moedas que estão ligeiramente oxidadas e podem ser limpas com materiais com abrasivos leves, e não se justifica a o recurso substancias ácidas.
As soluções ácidas como o ácido cítrico ou acéticos diluídas podem ser uma opção, sendo que também se pode recorrer ao EDTA. Atualmente em conservação e restauro recorremos à Limpeza com dióxido de carbono, quer líquido quer supercrítico.

O dióxido de carbono, quer líquido quer supercrítico, tem sido usado recentemente na área da conservação e restauro. O CO2 tem sido testado e aplicado em processos de conservação e restauro tais como limpeza, protecção e consolidação de uma grande variedade de materiais. Os resultados obtidos provaram que este novo solvente tem um grande potencial como solvente alternativo aos usados nos processos de conservação convencionais. Apresentam-se assim resultados mais significativos na conservação e restauro de artefactos de metais, madeira, papel, pedra, têxteis e bens etnográficos. O conjunto destes estudos evidencia bem o importante contributo que os processos tecnológicos utilizando CO2, seja líquido ou supercrítico, terá na construção de um desenvolvimento sustentável da conservação do nosso património cultural.

Há uma necessidade por parte dos colecionadores  de recorrer a variadíssimas soluções de limpeza de moedas que podem ser compostas por óleos, que amolecem e retiram sobre ficção muito suave a oxidação superficial, e também as mergulhe em óleos vegetais e depois de algumas horas as limpe com um pano de algodão, obtendo bons resultados. Há quem também as lave com pastas de dentes como se faz na peças de joalharia, sem causara problemas as peças, desde que no final fiquem sem resíduos de pasta. As ditas limpeza com ácido cítrico, não são aconselhadas a não ser que seja uma solução muito diluída e com tempo controlado e não resultam em moedas muito oxidada como esta nem de ligas de cobre. No caso das moedas de Cupro-Niquel e latão-Niquel, mergulhadas pouco tempo num solução com ácido cítrico a 4% ficam mais claras. As receitas com sumo de limão por vezes são muito fortes pois por norma tem uma concentração de ácido cítrico de 6%. O tempo de limpeza deve ser curto e a peça dele ser acompanhada. No fim deve ser lavada com água destilada e bem seca, antes de serem guardadas nas saquetas transparentes. A água por mais estranho que parece, deve ser evitada, pois para além de conter sais é um dos principais fatores de corrosão e de ponte para pilhas galvânicas com outros metais de moedas da coleção.
As carteira de plástico de PVC não são recordadas para a sua conservação, são preferíveis os envelopes de papel livre de ácido. 


 

      

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