Dá que pensar

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Resposta de um colega Avaliador a outro, mediante o novo regime (RJOC) por nos ser impedido de usar, como sempre usamos em folhas timbradas e cartões o símbolo que outrora nos foi indicado pela a casa da moeda, cheguei inclusive a pedir orçamento para etiquetas metálicas à INCM, sugeridas pela Eng. Helena Felgas, que colaria na certidão de avaliação. 
Se existiu uma abuso por parte de alguns Avaliadores a Contrataria devia ter averiguado e punido os tais, porque é para isso que serve a ASAE, ou a policia. A contrastaria abriu cursos e formou todo o tipo de pessoas e não se lembrou de estabelecer as regras antes? Deferir e criar protocolos, pois sabia muito bem que recentemente a formação (cara para a pouca carga horária que disponibiliza) tinha um publico alvo- os compradores em massa de ouro e outro metias em segunda mão. Segundo o meu entender, um avaliador não deve ter interesse na compra do produto que avalia, deve se ser neutro, mesmo sabendo que quem vai comprar tem que ganhar. Deve sempre dar o seu parecer técnico sobre o objeto incluindo o valor intrínseco e histórico da peça, salientando que a sua avaliação é o preço de mercado. Como vai ser possível estes colegas fazerem isso, se estão por de traz de uma balcão a comprar metal?? Vão contratar outro colega, para ir ao seu estabelecimento dar um valor à cliente? ou vão dizer " isto vale tanto mas eu só lhe posso dar isto"...
Sem falar que nos alteram o nome do titulo, sem sermos regulamentados por eles a nível de emolumentos, o que eu acho que também vai descredibilizar a atividade de Avaliador e nos reavaliam de 10 em 10 anos. Se a faculdade onde me licenciei mudar o nome do curso que tirei, poderei deixar de ser Conservadora e Restauradora e passar a a Assistente de CR?? e se o meu curso não tivesse sido certificado, poderia pedir o dinheiro de volta?? Pois é, estas duvidas pairam na cabeça de todos, e a contrastaria continua a fazer formação a mais proprietários de lojas de 2º mão dando formação , agora sim regulamentada e certificada pela ANQEP, com mais carga horária e mais barata. Enfim...


"Símbolos Nacionais - Código da Publicidade (...) "nos princípios gerais do regime geral, define em termos de licitude (artigo 7º, ponto 2 alínea a) que é proibida a publicidade que “se socorra, depreciativamente, de

instituições, símbolos nacionais ou religiosos ou personagens históricas”.

Achei um exagero a campanha da JSD a favor da utilização dos símbolos nacionais, nomeadamente da utilização da Esfera Armilar como novo símbolo de branding nos mercados internacionais, mas pior ainda é a posição da INCM sobre a questão, não só querem acabar com os "Avaliadores Oficiais" como vêm com essa arbitrariedade que é o tentar proibir os avaliadores de utilizarem a esfera armilar nas suas avaliações.

Estranho é tal atitude ter eco junto dos próprios avaliadores, escreve o nosso colega Pedro Macedo "Não é não, nós como avaliadores não representamos nenhum organismo ligado ao estado , sendo punido por lei o uso de algum símbolo publico".
Não é Não?!?! Cada um é livre de ter a sua opinião, mandar calar os outros é que não é aceitável, se conhece outra lei que não o Código da Publicidade onde esteja consagrada a utilização dos símbolos nacionais pelos portugueses que faça o favor de a citar. Estranho é dizer que "não representamos nenhum organismo ligado ao Estado", bom deduzo assim que nada do que a INCM escreve ou diz sobre os avaliadores tem fundamento legal, pois pelas suas palavras nada nos vincula a ela, que por mero acaso é detida a 100% pelo Estado Português...! Aceitar de mãos caídas todos os dislates que tiveram com a nossa profissão é uma atitude aceitável, se bem que pouco compreensível, a título individual, não por parte de uma Associação que quer representar uma classe profissional. Ainda hoje os inspectores da ASAE fizeram mais uma greve pela defesa de um estatuto de carreira profissional, nós nem um mínimo dos mínimos temos em termos de carreira, retiram-nos o nome, os emolumentos a cobrar, mandam os mais competentes para o banco da escola, rasgam o contrato jurídico que foi estabelecido quando nos empossaram como Avaliadores Oficiais, que rasguemos os diplomas, etc, e ainda vem alguém dizer que é muito bem feito e se canta o Hino Nacional é prisão com ele...!
Não e Não...!!!"

Texto de Henrique Braga e de todos nós.

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