Quando os ovos enfeitados viram luxuosos enfeites

Tudo começou com os persas, tornaram uma pratica comum, durante o equinócio de primavera "Noruz", próximo da data em que hoje em dia se comemora a Páscoa, enfeitavam os ovos antes de serem consumidos como ritual de agradecimento. 

Os povos que habitavam a Ucrânia, antes da chegada do cristianismo, também costumavam enfeitar ovos em homenagem ao Deus "Dazbog" que ainda hoje está presente na mitologia eslava.
Outros relatos contam que na região da Alemanha, durante o século XVI, documentos escritos falavam que crianças bem comportadas ganhariam ovos coloridos e enfeitados, e acredita-se, inclusive, que foram os imigrantes germânicos que levaram o hábito de enfeitar ovos para os Estados Unidos, local a partir do qual a Páscoa se associa com o ovo de chocolate e o coelho e o espalharam para o mundo, com fortes campanhas publicitarias de apelo ao consumo.
A proibição do Papa Júlio III de consumir ovos durante a Quaresma, também acentuou esta ligação.

Na Áustria os ovos eram pintados de verde, durante a Quinta-feira Santa, o dia da Última Ceia e na Arménia o ovo era enfeitado com a imagens de Jesus.

Com a disseminação da prática de enfeitar ovos de Páscoa para dá-los como presente, uma dinastia europeia passou a produzir ovos de Páscoa extremamente luxuosos. Esses eram os ovos de Páscoa da família Romanov, também conhecidos como ovos Fabergé. Essa cultura dos Romanov começou com o Czar Alexandre III, que contratou o joalheiro Peter C. Fabergé para produzir um ovo luxuoso a fim de o presentear à sua esposa Czarina Alexandra. O presente ficou famoso entre os Romanov, que passaram a realizar novas encomendas para o joalheiro francês, marcando épocas e acontecimentos importantes, dedicado sempre às suas 4 filhas e filho, Olga, Tatiana, Maria, Anastásia, e Alexei.



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